sábado, 21 de agosto de 2010

O ciclo da vida...



Parou

Observou

Reflectiu

Decidiu

Agiu

Caiu/Lutou/levantou

Chorou/ Sorriu

Aprendeu

Cresceu

Levantou

Recomeçou…

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O poder da música...




É um privilegio quase único poder ouvir a Maria Bethania a cantar ou melhor vê-la a representar, pois ela mais do que canta: com a sua poderosíssima voz ela faz-nos arrepiar a alma e os seus gestos ao cantar surgem como que a cereja em cima do bolo. Ela canta o amor como ninguém e cria uma espécie de atmosfera ao qual é impossível ficar indiferente fazendo acreditar que o amor é algo possível e ele é capaz de provocar transformações inimagináveis que proporcionam sensações inexplicáveis, que só quem ama pode experimentar.
Como canta ela: ” faz-me lembrar de ti e esquecer-me de mim”, esta frase é simples, mas é tão demonstrativa da força do amor. Tantos são os sentimentos expressos por esta simples frase.
A sua voz suave e melodiosa é um presente dos deuses aos nossos ouvidos. Ela invade a nossa alma de forma mansinha, que nem água a correr pela ribeira, convidando-nos a viajar no tempo, ora revivendo ora projectando momentos de pura magia. É um estado de êxtase total, de satisfação, de tranquilidade, de bem-estar com a vida e o mundo e um desejo intenso de viver mais e melhor.
A paz instalada em nós faz desencadear um despertar e fortalecer de sonhos antigos, que estavam há muito adormecidos e que clamavam por uma oportunidade de se materializarem.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A ti...

A ti mulher de físico franzino
A ti mulher de olhar sincero e transparente
A ti mulher de coração grande e puro
A ti mulher que foste mãe, avó, tia e amiga
A ti mulher de charme
A ti mulher de uma beleza imensurável
A ti mulher de bondade infinita
A minha mulher heroína
A ti mulher de sacrifícios
A ti mulher a quem a vida foi dura
Mas a qual sempre sorriste e deste luta
A ti mulher de amor incondicional
A ti mulher a quem devo parte do que sou
Quero que saibas que fisicamente não estás mais entre nós
Mas eterna serás em nós: alma, coração e dignidade!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

É natural o medo…






Faz parte da vida ter presente o medo na hora de tomar decisões nos momentos mais cruciais e significativos da nossa vida, na definição do nosso futuro - profissional, no amor, na amizade. Mas nos dias de hoje um medo de efeitos muito mais devastadores invadiu as nossas vidas, que é o medo de ter medo, criando uma pressão na qual a maior parte das pessoas não conseguem resistir, levando-as a optarem sempre pelo caminho mais fácil, se por um lado dá-nos a possibilidade de termos uma vida sem sobressaltos que advém do facto de correr menos riscos na hora de decidir, por outro lado a nossa vida torna-se monótona sem qualquer tipo de aventura, sem adrenalina e sem saber o que é a sensação de termos o nosso coração a pulsar intensamente sem saber bem o porquê…
Todas as pessoas sem excepção querem ser felizes, mas em certos momentos das nossas vidas somos confrontados com o pensamento: o que eu quero, felicidade ou segurança? . A felicidade implica entregar-se e preocupar-se com os outros, a dividir sensações, projectos, planos… causando-te inseguranças por envolver pessoas que amas e isso é assustador.
A segurança é-nos dada unicamente pela racionalidade, onde tudo o que se faz tem como objectivo primordial proporcionar uma estabilidade material e emocional. As emoções existem na mesma, mas são rotineiras e bastante previsíveis e nada acontece por acaso, tudo é controlado ao mínimo detalhe. A espontaneidade perde-se e as pessoas tornam-se quase que máquinas programadas para executar determinadas tarefas e até sabem quando devem sorrir.
Isso é viver de facto? Ou foi apenas uma passagem desbotada pela vida?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

To my friend…



You changed my world with your words
You touch my soul with your unconditional friendship
With you I saw the beauty of the world clearly
You made me believe with your purity

Thanks my friend…

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Outro na nossa Vida...





Por estas noites adentro a insónia é a minha fiel companheira. Ela me traz a solidão, que não é má de toda, pois é uma forma de eu estar comigo, de me conhecer melhor, de testar as minhas fraquezas e os meus limites, de me avaliar.
Estou nessa fase de reorganizar-me emocionalmente para que possa pensar e definir os meus projectos. Não adianta planear sem estabilidade emocional porque serão planos que não passarão disso, ficarão presos no mundo das ideias. Isso só nos faz sentir como seres fracassados.
A necessidade que o ser humano tem de partilhar com o outro é tremenda, principalmente com as pessoas amadas. A nossa existência depende da existência do outro e jamais conseguiremos existir sem o outro, mas para que o nosso relacionamento com o outro seja da melhor forma possível temos que fazer que a nossa existência dependa o menos possível da existência do outro.
Cada vez mais aprendo que o outro para nós pode ser tão ou mais importante que nós próprios. Com isto não estou dizendo que devo procurar no outro a razão da minha existência, mas sim que como seres essencialmente emocionais que somos a nossa vida não tem sentido sem o outro , pois geralmente a maior parte das nossas emoções é para com o outro.
Parecem ideias contraditórias? E podem ser! Quem disse que a vida e o ser humano não são contraditórios?
A verdade é que cada um tem o seu microcosmo interior que absorve tudo e depois os resultados são diversos. A minha visão do mundo e a minha reacção ao mundo não tem que ser igual ao dos outros. Por isso o mais natural é ninguém se identificar com o que está neste texto.
Não durmo por várias razões: é o assinar do contrato com uma empresa, é o terminar da tese, é o regressar ou não para Cabo Verde, mas o que mais causa este alvoroço de sentimentos é o partir para longe de uma pessoa amada. A ausência do outro reflecte a importância da sua presença. A única “certeza” que tenho por estes tempos de transformação, sim porque o amor está dando lugar ao amor , é a lei da sobrevivência, é que não quero fazer da minha vida rascunhos que talvez não venha a ter tempo de passar a limpo.

Ser estudante longe de casa…


Eu sempre soube que não seria fácil viver fora de Cabo Verde deixando para trás a minha família, a base do que sou, os meus amigos. Enfim, seria um romper do convívio com as minhas raízes e as minhas referências para enfrentar um novo mundo, novas gentes com uma cultura diferente. Hoje vejo que estava certo quando pensava que não seria fácil ultrapassar os muitos obstáculos que iriam surgir nessa jornada longe da minha gente, da minha terra, mas que era possível com muita determinação e muito atingir os objectivos a que me iria propor. Devo esse meu acreditar que é possível atingir nossos objectivos à minha mãe que me ensinou que se sonharmos/projectarmos, com muito trabalho alcançamos os nossos objectivos.
Mas, na verdade, se por um lado quando estamos fora do nosso país nos acompanha uma eterna saudade de casa e até sentimos a falta dos cheiros da nossa terra, por outro lado é uma experiência fantástica travar trocas com outras pessoas proporcionando-nos um crescimento pessoal e profissional de um nível superior. O amadurecimento torna-se inevitável, pois és como que obrigado a aprender a viver com a diversidade cultural, algo que só é possível se conseguires praticar a alteridade tornando-te deste modo num sujeito tolerante e desenvolvendo uma visão não quadrada sobre o mundo e os seus acontecimentos sociais, culturais, …
A alteridade surge com naturalidade, uma vez que quando se dá o início do processo de conhecimento de novas gentes e consequentemente novas culturas ficamos munidos de um conhecimento que nos permite compreender melhor as atitudes do outro, pois estamos aptos para nos colocar no lugar do outro e ver as coisas segundo a sua perspectiva.
Eu tive o grande prazer de viver numa residência universitária, durante 6 anos, onde se cruzam pessoas de todos os cantos do mundo e foi uma experiência maravilhosa construir tantas amizades que vão ficar para a vida toda, estas pessoas fazem parte de mim assim como faço parte delas. Eu sou um pouco delas e elas um pouco de mim, Tantas foram as lições de solidariedade que tive! O mais surpreendente é que não importa de onde viemos o que queremos acaba por ser sempre o mesmo, embora os caminhos a percorrer possam vir a não serem necessariamente similares, ser feliz e ver a nossa família feliz.
A todos peço juntem algum dinheiro e viagem porque viajar permite conhecer que por sua vez nos permite crescer e experimentar emoções que fazem a nossa alma arrepiar de tanta paz, felicidade, …, enfim tantas emoções inexplicáveis podes viver basta quereres!

A essência do acreditar…

Muitas vezes surpreendo-me a mim mesmo a pensar até que ponto devo acreditar no outro, uma vez que ao acreditar em alguém estamos implicitamente a confiar nele e isso leva-nos a uma certa entrega da nossa pessoa a este. Isto é válido tanto para uma relação de amor, de amizade ou outra qualquer! Posto isto, ou o outro é uma pessoa merecedora de tamanha responsabilidade que lhe entregamos e dá-se inicio a uma relação de partilha com o intuito de avançarmos juntos nesta caminhada de proporcionarmos um ao outro momentos de pura felicidade ou então vê isso como uma fragilidade nossa e se aproveita para satisfazer o seu desejo maléfico ter poder/domínio sobre nós, que de certa forma detém, pois só ficamos decepcionados com quem gostamos e logo acreditamos.
Mas essa pessoas se esquecem que o verdadeiro amor, amizade implicam acima de tudo que haja confiança, respeito e admiração para com o outro e aquele que verdadeiramente ama não se permitirá quedar numa relação de poder/domínio, pois isso é tudo excepto amor, amizade, …
O interessante destas relações transformadas em relações de poder/domínio é que há sempre um interveniente de fraca auto-estima que pretende alimentar-se da sensação de ter domínio sobre o outro para fortalecer a sua auto-estima, mas essa é constante o que conduz essas pessoas a uma angústia constante potenciando desta forma uma amargura e infelicidade constantes, pois não conseguem evitar as comparações com os que vivem a sua volta surgindo assim a inveja. A inveja nunca nos deixa sentir realizados e felizes com o que temos e tudo o que vivemos deixa de ser interessante e bonito. Essas pessoas pensam que sempre que a vida do outro é que é interessante ao invés de serem os autores principais na própria vida protagonizando acções de aventura e explorando ao máximo o que mundo e as pessoas têm para nos oferecer.






























A força das Memórias














Gravada na tua memória
Tens os momentos sonhados
E vividos
Guardado no coração
Tens o impacto dessas lembranças
Que tanto castigaram a tua alma

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Parecer ser







Sempre me incomodou/inquietou muito o facto de as pessoas viverem para o espectáculo não se preocupando em fazer coisas que realmente os façam sentir realizados e felizes com a vida que têm. Ao contrário, deparo-me cada vez mais com pessoas que vivem como se fizessem parte de uma peça teatral onde nada acontece por acaso, nada acontece naturalmente. Onde o sujeito se sente “feliz” porque imagina que o outro acha que ele/ela é feliz, vivendo deste modo uma vida de autentica solidão e vazio interior onde o parecer ser é mais importante que o ser.
As pessoas não importam mais se são felizes ou não o que importa é se o outro acha que são felizes, portanto estas pessoas medem o seu grau de felicidade pela sua popularidade.
Há um medo enorme de viver os pequenos momentos da vida porque isso é admitir que temos sentimentos que são tidos nos dias de hoje como fraqueza. Que cúmulo a que chegamos! Viver a vida de forma profunda, sincera e sem reservas é sinal fraqueza!

Esse viver para o espectáculo que deixa-nos desprovidos de qualquer noção de amor, amizade, honestidade, humildade, respeito e naturalidade torna-nos de tal forma egoístas e más que o conceito de alteridade perde o total sentido e magoar o outro fica banal ao ponto das pessoas fazerem coisas que podem magoa-los muito, mas o mais importante é que magoem os outros ainda mais!

È uma dadiva encontrar pessoas com as quais podes partilhar, tudo que seja possível, sem receios. Pessoas que não têm como objectivo principal serem populares e que querem a todo o custo ouvirem os outros falarem delas. Quando encontramos pessoas que apenas querem partilhar o que têm, então devemos aproveitar para crescermos juntos como seres humanos, pois são essas pessoas que guardamos em nós e das quais nos lembramos com um sorriso no rosto.

Me parte o coração saber que existem pessoas que vivem desta forma, mas é um facto! A ideia de partilha não mais faz sentido, mas sim a do poder onde uns dominam os outros e não se olha aos meios e as consequências para se atingir tal poder!

Eu vivo para ser feliz e não sou feliz se eu magoo os outros para ser “feliz”. Como poderia? Impossível, pois simplesmente me coloco sempre no lugar do outro antes de agir! Seria incapaz de fazer ao outro o que não quero que façam a mim.