sexta-feira, 18 de junho de 2010

A essência do acreditar…

Muitas vezes surpreendo-me a mim mesmo a pensar até que ponto devo acreditar no outro, uma vez que ao acreditar em alguém estamos implicitamente a confiar nele e isso leva-nos a uma certa entrega da nossa pessoa a este. Isto é válido tanto para uma relação de amor, de amizade ou outra qualquer! Posto isto, ou o outro é uma pessoa merecedora de tamanha responsabilidade que lhe entregamos e dá-se inicio a uma relação de partilha com o intuito de avançarmos juntos nesta caminhada de proporcionarmos um ao outro momentos de pura felicidade ou então vê isso como uma fragilidade nossa e se aproveita para satisfazer o seu desejo maléfico ter poder/domínio sobre nós, que de certa forma detém, pois só ficamos decepcionados com quem gostamos e logo acreditamos.
Mas essa pessoas se esquecem que o verdadeiro amor, amizade implicam acima de tudo que haja confiança, respeito e admiração para com o outro e aquele que verdadeiramente ama não se permitirá quedar numa relação de poder/domínio, pois isso é tudo excepto amor, amizade, …
O interessante destas relações transformadas em relações de poder/domínio é que há sempre um interveniente de fraca auto-estima que pretende alimentar-se da sensação de ter domínio sobre o outro para fortalecer a sua auto-estima, mas essa é constante o que conduz essas pessoas a uma angústia constante potenciando desta forma uma amargura e infelicidade constantes, pois não conseguem evitar as comparações com os que vivem a sua volta surgindo assim a inveja. A inveja nunca nos deixa sentir realizados e felizes com o que temos e tudo o que vivemos deixa de ser interessante e bonito. Essas pessoas pensam que sempre que a vida do outro é que é interessante ao invés de serem os autores principais na própria vida protagonizando acções de aventura e explorando ao máximo o que mundo e as pessoas têm para nos oferecer.






























1 comentário:

  1. Então, Nelson, os argumentos são válidos, entretanto, uma relação pressupõe dialética, dialógica, partilha, troca, cumplicidade, entre outros desdobramentos do respeito e da confiança, sem essas dimensões, fica impossível se estabelecer uma relação profunda, e passamos à superficialidade, tendo como base, o medo, a insegurança. Ainda que se dê uma relação com essas características no âmbito pessoal, ela está fadada ao fracasso, o domínio, a subvserviência, solapa(m) qualquer ligação. Mas fostes ao cerne da questão: a baixa-estima, de quem se deixa dominar e a do dominador (este também tem uma insegurança imensa!). Podemos traçar com facilidade o perfil de pessoas assim... Nao sei se percebestes, mas há um diálogo muito intenso entre esse seu texto e o primeiro que postastes?

    Olha, trazendo a análise para o campo particular, eu nao sei (ainda) me relacionar sem confiança, me estrepei, estrepo e até aprender, me estraparei, mas que nem sei se quero aprender a ser tão díspare do que sou, enfim. Rindo...Uma opiniao-tratado, por perceber muita pontos interessantíssimos no seu texto...

    Um beijinho, e tenhas um ótimo sabado!

    ;)

    P.S.
    Olha, postaste o mesmo texto duas vezes, na mesma caixa de postagem.

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